Número total de visualizações de páginas

sábado, 28 de junho de 2014

POEMA DA BEIRA MAR

Vivo o quotidiano na incerteza
dos meus  abismos sobre o mar azul
barricado em castelos sem ameias
e trincheiras destruidas
na evasão da esperança

em  manhãs de amanhãs que foram ontens
procuro sem método os limites  vazios
no que não tem limites
para entender o que já não entendo
pelas vias normais

e não entenderei os meus papeis
por muito que mastigue as teclas recentes
para lá das minhas fontes 
e das premonições que se debatem
de consciência em vão

no fim do pensamento tudo será como antes
regressarei ao ventre maternal
dum himen rasgado na puberdade do ser
para manter a vida como é
nos compêndios do homem

sem telefone e vias de comunicação
reduzirei o mito a muito pouco
e ao ler o jornal do  outro dia  já não encontrarei
memórias da minha fortuna
em tempo algum

entre cinzas dos dedos tudo se despenhará
pelo universo
legalizada que seja a estatística civica
o aparato estupido da lei
e o sumiço num deus do sucedido









Sem comentários:

Enviar um comentário