Venho a este lugar rochoso e raso
para ver o mar
obervar na espuma a teimosia
de tanto ir e voltar
remediar nas feridas que há na margem
a constância do olhar
regresso e cada vez menos matéria
me trai na volta
abaixo deste sol que mal conheço
sento-me só no banco de madeira
sem uma rota certa
e adormeço
volto não sei porquê nada me chama
venho cheio de mim de mais vazio
engendro o interior que me acompanha
e visto-me de pele
e sinto o frio
de que me vale o mar de assento verde
partido e a pedir nova pintura
falta-me o astrolábio e a palavra
trago escrito um limite
na figura
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